Dia da Terra

segunda-feira, 3 de março de 2008

Petra


Os primeiros sinais de presença humana em Petra que em grego significa pedra datam do século 8º a.C. O primeiro povo a habitar o local, onde ainda não existia Petra, foram os edomitas. A área era conhecida como Edom. Esta palavra quer dizer vermelho obviamente, uma alusão ao cenário dessa região desértica.


Os edomitas, que sabiam trabalhar bem com tecidos e cerâmica, controlavam as rotas comerciais que passavam pela área. No entanto essa via ainda não era tão importante como viria a se tornar alguns séculos mais tarde.


Por volta do século 6º a.C, os nabateus começaram a chegar a Petra. Eles integravam uma tribo árabe nômade e expulsaram aos poucos os edomitas da região.
A partir do ano 312 a.C, os nabateus assumiram o controle da área, e Petra começou a florescer.

Nesse período, a rota comercial entre a Arábia, o Egito e a região da Síria passava pela terra dos nabateus, e Petra se converteu na principal cidade desse povo e num grande centro do comércio de especiarias.

Outras cidades importantes para os nabateus eram Philadelphia e Gerasa --atuais Amã e Jerash, a 50 km da capital. Os nabateus esculpiram seus monumentos sob forte influência egípcia e grega e, posteriormente, romana e bizantina, o que retrata o caráter cosmopolita desse povo.

Como havia pouca vegetação na região para extrair madeira, era mais prático para os nabateus cavar as suas casas e templos em vez de construí-los, tornando esse povo um dos mais hábeis nesse tipo de arte em toda a história do mundo.

Os nabateus também foram um dos pioneiros no desenvolvimento de sistemas hidráulicos e desenvolveram métodos de conservação de água para que a população não sofresse com os meses de seca que atingem a região até hoje. Não há nenhuma fonte grande de água nos arredores de Petra.

Ao longo do século 1º a.C, os nabateus foram conquistados por Roma, e Petra se tornou capital de uma Província do Império Romano. Nessa época, a cidade continuou vivendo um período glorioso, como fica claro no seu anfiteatro romano, esculpido inteiramente em pedra. A população ultrapassou os 30 mil habitantes.

Mais tarde, sob o comando do Império Bizantino e com a influência da Igreja Ortodoxa, alguns monumentos tiveram a face alterada, especialmente o maior de todos, o monastério Jabal al Deir, que tem a fisionomia das construções bizantinas, assim como a igreja, localizada ao lado do Grande Templo, e que só foi descoberta em escavações recentes.

Com a emergência de novas rotas comerciais, Petra entrou em decadência a partir do século 3º. E, três séculos mais tarde, sofreu um grande golpe com a chegada e a dominação do islã. A partir daí, Petra ficou esquecida no meio do que hoje é a Jordânia por muitos séculos, visitada e habitada apenas por beduínos


Sua descoberta ocorreu em 1812 graças ao explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt.

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Folha de S.Paulo

2 comentários:

Osc@r Luiz disse...

Primeiro: Vou roubar esse seu post pra mim!
Segundo: Tem vários prêmios pra você por aí... Só no Coisas de Mato Grosso tem um montão...
Um abraço!

Tânia Defensora disse...

OI Neto!
Linkei vc!
E parabéns pelo vídeo das mulheres.
É liiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnndooo.
Beijão